Bairros: Centro/Fundos/BomViver/Serrarias/Barreiros/JdAtlântico/Estreito/Balneário
Distância: 43,470km
Duração: 3h06min
Velocidade: 14km/h
Trajeto completo e detalhado pelo GPS: Clique Aqui
Olhando toda a rota, você deve achar que isso tudo foi planejado, mas esse foi o passeio mais adaptado que já fiz e posso dizer também que foi o pedal mais massa que já fiz. Conversamos muito, passamos em lugares legais, a temperatura estava ótima e não tinha vento. Isso foi na última sexta-feira a noite.
Tudo começou quando fui fazer um lanche com o meu amigo e companheiro de pedal, Daniel "Doze" da Silva. Estávamos no Angeloni comendo e de repente aparece o Dú (Biguaçu), que é nosso futuro companheiro de pedal. Ele falou que apareceu ali pra tomar uma cerveja, resolvemos acompanhar. Encostamos no Cinema Café e tomamos a primeira rodada de Eisenbahn Pilsen, que estava uma delícia. Tomávamos a segunda e deliciosa rodada quando de repente a cerveja azedou em questão se segundos. Motivo? Eu verifiquei que a cerveja estava vencida fazia quase três meses. Antes de verificar a data de validade ela estava boa, mas depois começou a descer quadrada e resolvermos abortar. Nesse momento a Cíntia me liga e convida para um pedal, dizendo que a prima dela, a Francine, ligou e estava afim de fazer seu primeiro pedal conosco. Aceitei e convidei o Doze, mas este disse que tinha compromisso, comentei que convidaria a Mila, mas ele disse que ela também tinha uma formatura e não iria. Depois que postei o trajeto no sport-tracker ela ficou furiosa, pois estava em casa sem fazer nada.
Então, tudo certo e resolvemos pedalar. Éramos três, mas na saída, lembrei do Cícero, nosso parceiro e resolvi convidá-lo. Ele não mediu esforços e se aprontou rapidamente.
Não tinha rota, até o pai da Cíntia dizer que esqueceu o telefone no escritório. Então resolvemos colocar como missão do pedal, resgatar o telefone dele no escritório (que fica em Barreiros, próximo ao Zabot)
Participaram:
Eu (Frank)
Olha a Fran vestida de John Lennon!
Nesse momento tínhamos pedalado cerca de 2,5km e aguardávamos o Cícero. A Francine já iniciou duas das atividades que desenvolveria durante todos os 43km do percurso: Filosofar e Tagarelar.
Explico: Ela deve ter ficado uns 4 dias trancada dentro de um quarto sozinha e saiu com uma vontade imensa de falar. E logo na saída pegamos um pequeno trecho de BR, onde andamos em fila o que dificultava a tagarelagem da Fran. Quando paramos ela desabafou:
-Gente!!!!(Com bastante exclamação mesmo) Pedalar é uma coisa tão solitária, né? A gente vai sozinha sem falar com ninguém. É bom pra pensar na vida, né!?
A Cíntia!
E o Cícero, que tinha acabado de chegar!
Quando partimos eu expliquei à Fran que pedalar é bem sociável, mas que nos trechos de BR ou outros trechos movimentados, era melhor andar em fila e ficar concentrado. Expliquei também que faríamos um trajeto mais tranquilo, pelos bairros menos movimentados e tendo chance de conversar bastante com os parceiros.
Entramos na Rua do Supermercado Fermiano e ela ficou bem mais tranquila, abriu um sorriso e voltou a pedalar (e falar) olha aí:
Seguimos pelos fundos, entramos na rua da Igreja e subimos a Rua Homero de Miranda. De cara, já tinha a primeira de duas grandes e "ingridis" subidas.
Mas logo veio a recompensa, uma longa e gostosa descida! O Cícero, só na banguela! E a Fran dizia:
-Geeennteeee!!!! Eu nunca passei aqui nesse lugar!
PS.: Essa fala se repetirá a cada 2km durante todo o trajeto.
Saindo no bairro Serrarias, próximo ao Celeiros, andamos um pequeno trecho na BR e em seguida entramos no no túnel do ARENA PARK e pegamos a rua velha.
Lá a Fran poderia falar mais. E assim aconteceu.
Nas fotos em fila, você raramente vai encontrar o Cícero, ele anda sempre na contra-mão. Já tentei explicar...

A rua velha é muito boa para pedalar, é bem tranquila!
Nesse ponto eu comecei a escutar um barulho estranho vindo da bike do Cícero. Perguntei se era um raio quebrado. Ele disse que era. Então falei para parar e tirar, antes que causasse um dano maior, mas ele insistiu que estava tudo certo e que era pra seguir viagem...
E assim seguimos. Olhem as meninas aí:
- Geeeeente!!!!! Eu nunca passei por aqui antes!! Nem sabia que isso existia!!
A Fran não pode ver uma foto que mostra os dentes!
Olha o Cícero na contra-mão. O barulho continuava. Já o pneu, ia baixando e ninguém percebia...
Até que acabou todo o ar e ele percebeu que o "Raio Quebrado" era, na verdade, um prego no pneu.
Aquele sorriso que só o desespero dá.
Que Beleza! Aconteceu o que eu mais temia. O Primeiro pneus furado da história dos nossos pedais.
Aqui aprendemos da maneira mais prática uma importante lição:
Andar sempre com um balão, bobinha, espátula e chaves.
Ficamos preocupados, mas nem tanto. Tinha o lado bom e ruim.
O bom é que estávamos no meio da civilização e não no interior, como costumamos.
O ruim é que já eram quase 20h e seria difícil achar uma borracharia aberta.
Saímos da rua velha e entramos na marginal da BR, onde seria mais provável de encontrar uma borracharia.
Por muita sorte, andamos pouco mais de 1km e encontramos uma.
E por mais incrível que pareça o borracheiro não pagou cofrinho!
O borracheiro tinha uma cara de psicopata e nem deu atenção pra gente, mas resmungou que faria um remendo. O Cícero ficou com medo do cara e resolveu fazer todo o serviço sozinho:
Aqui, a tradicional foto "Um trabalha e os outros olham"
Olha a Fran mostrando os dentes enquanto o Cícero trabalha:
- Quanto deu, moço?
- Déi real!
Então aparece o Cícero pedindo um real emprestado, pois ele tem apenas 9 pila.
Eu perguntei:
- Mas ele não quis dar 1 real de desconto?
- Se eu perguntar ele me mata!
Foi isso mesmo que vocês leram, pagamos "Déi real" por 3cm de borracha. Mas valeu, não tínhamos outra opção.
Andamos mais um pouco e chagamos no objetivo da viagem: Resgatar o telefone do pai da Cíntia.

A Cíntia levou 20min para descobrir a chave certa:
A Cíntia levou 20min para descobrir a chave certa:
Conseguiu abrir, achamos o telefone do pai dela, reabastecemos os cantis e...
Depois de uma longa parada para consertar o pneu, parecia que nem tínhamos pedalado ainda.
Como estávamos bem próximo à Florianópolis, resolvemos fazer uma visita ao Gigante do Estreito, o Orgulho do Estado!
Andamos alguns metros pela Avenida Leoberto Leal e de repente ela se transformou em Avenida Max Schramm, estávamos em Florianópolis.

Andamos alguns metros pela Avenida Leoberto Leal e de repente ela se transformou em Avenida Max Schramm, estávamos em Florianópolis.
Era uma sexta movimentada, decidimos "ir por dentro" e entramos na Avenida Atlântica:
A Cíntia disse:
- Olha Fran, a gente vai sair lá, mas vamos passar por aqui.
- Geeennnnte! Eu nunca passei por aqui antes! Eu nem sabia que isso existia!

Chegamos na PC3. Uma bela e larga avenida. Mas sem ciclofaixa e com iluminação funcionando pela metade.
Chegamos na PC3. Uma bela e larga avenida. Mas sem ciclofaixa e com iluminação funcionando pela metade.
Aqui já te iluninação.
A Fran disse:
- Geeennnte! Que lugar legal aqui! Nem sabia que isso existia!
Subimos muito! E ficamos cansados. Acabei até esquecendo de tirar fotos.
Mas tudo que sobe, desce! Aí, até lembrei de tirar as fotos:

Enfim, avistamos o Gigante do Estreito!! Este ano tivemos muitas alegrias por aqui! Tomara que ano que vem seja assim também!

Enfim, avistamos o Gigante do Estreito!! Este ano tivemos muitas alegrias por aqui! Tomara que ano que vem seja assim também!
Bandeira que marca o território do Furacão do Estreito!
Aqui a gente desce a Avenida Santa Catarina, passando pela praça da Figueira.
- Pow!
Pensa que ela caiu?
Ela não, mas a bicicleta sim! Acabou se "embabacando" para subir um alto meio-fio.
-Meu deus! Minha bike quebrou! Está toda torta!!
Foi quando eu percebi um pequeno detalhe:
Depois da queda não queríamos voltar.
- E aí, raça! Vamos lá na Beira-mar do Estreito?
- Bora!
Como diz o manezinho:
- "Altux Bairro"!
Chegamos na Avenida!
E por incrível que pareça a Fran não disse "gennnte...."
Aqui já dava pra ver a ponte.
Tá certo que a Fran não fez o tradicional comentário, mas reparem que continua tagarelando.
A Avenida ficou bem boa, com ciclovia e bem iluminada!
E claro, com "altux visú"!
Pena que a câmera do meu telefone é muito ruim quando está escuro e/ou em movimento.
Como diria o Tuquinha:
- As CycleChics
Chegando próximo à ponte, não tem iluminação. Só aparecem as lanternas das CycleChics.
Na ponte paramos para tirar uma foto.
Nós não aparecemos na foto, ainda bem...
Estragaríamos esta bela paisagem, com o mar refletindo as luzes da cidade.
Esse foi o ponto final da nossa viagem! Era hora de iniciar a viagem de volta. Eu quis voltar pelo outro lado, ali, por Coqueiros, mas as meninas me lembraram que já eram 22h, tínhamos uma formatura para ir e que precisávamos voltar "na paulêra"! Fizemos quase o mesmo trajeto! Viemos rápido, média de 22km/h (O que é muito para nós, iniciantes). Nem bati fotos.
Chegamos em Biguaçu rapidinho!
A Fran Vermelha, dizendo que dormiria feito uma pedra, O Cícero um pouco cansado e a Cíntia olhando desconfiada...


Nem na hora da foto a Fran parou de falar!!!
Tadinha, na foto parece que ela fala sozinha!
Aqui acabou a viagem. Foi o melhor pedal de bike até agora, pena que outros parceiros de penal não estavam juntos. O tempo colaborou muito!
Talvez foi por causa desses simpáticos rapazes que faziam um esquenta no posto.
Pela roupa, questionei:
- Formatura?
Responderam:
- Não, não! Vamos pra Igreja!
Perguntei se eles poderiam tirar uma foto. E o Nam respondeu com aquele gestinho clássico:
-Claro, pô!
"Taí" a foto:
Nem na hora da foto a Fran parou de falar!!!
Tadinha, na foto parece que ela fala sozinha!
Aqui acabou a viagem. Foi o melhor pedal de bike até agora, pena que outros parceiros de penal não estavam juntos. O tempo colaborou muito!
Esperamos ver a nossa estreante, Fran, vindo mais vezes e que traga o Rodrigo junto!
Para vocês, leitores, o Cícero também é estreante, mas na verdade ele já participou de um outro pedal curto em que acabei não o relatando aqui. Ele já se enturmou e é membro ativo. Já, já ele anda na mão certa!
Abraço a todos e ótima semana com clima de férias e fim de ano!!!